2019, NEW ORLEANS, LOUISIANA

É pronunciado pelos seus moradores " NewOARlinz";   Há, entretanto, diferentes formas de se referir a cidade: NOLA ( uma abreviatura),  THE CRESCENT CITY (devido ao formato ao longo do Mississpi), THE BIG EASY ( fácil para músicos encontrar empregos),  THE CITY THAT CARE FORGOT( devido aos seus habitantes super amigáveis), e Mardis Gras ( Carnaval).
O lema da cidade é: Laisses les bons temps rouler"
Apesar das tragédias vividas, para eles,  a vida  continua sendo uma festa.
Eu a chamaria de  "The Fun City".


NOLA é a cidade mais populosa do estado de Louisiana.  Está localizada ao sul do Lago Pontchartrain,  às margens do rio Mississipi ,  e está perto do golfe do México,  sendo que a cidade é um polo de conexão para a exportação de mercadorias. Foi capital  do estado, que depois passou para Baton Rouge. Foi fundada por franceses, de onde se origina a cultura "Cajun";  depois vieram os espanhóis, e a cultura  " Creole"  que  é devida  a estes imigrantes brancos, aos negros, aos índios, e  aos nativos. Destas influências distintas, temos uma cidade única, e de enorme riqueza cultural
 NOLA é  uma cidade plana. Não vi morros, mas  me disseram que há um construído pelo homem para dar as crianças a noção de um morro, e  está localizado no Audubon Zoo e, é  chamado de  "Monkey hill".
Sempre desejei conhecer esta cidade, berço do jazz, de Louis Armstrong, não só devido a este fato, mas também pela mistura de influências, de sua colonização francesa, espanhola e afro americanas, e não me decepcionei. É uma cidade linda, com suas casas multicoloridas, muitas plantas, e o som constante de um saxofone vibrante. Há diferentes cheiros no ar, e você é tocado pelas cores vibrantes, odores  distintos; gostosos, outros nem tanto , mas que tocam todos teus sentidos.Os habitantes te cumprimentam de forma afável:
 
" Who dat " um dito popular,  que só admite duas respostas: Who Dat ou Yeah, you rite.
Ficamos hospedados em um B&B ( The Royal Street Courtyard), em um bairro super charmoso, e antigo, Faubourg Marigny





                      
Localização e acomodações excelentes e cordiais.

Quarto amplo e confortável com brinde de boas vindas, e champagne! Chic!                                                                        
 O  BB foi muito conveniente devido à sua localização,cercado de restaurantes, próximo da Elysian Fields, e  a poucas quadras da Frenchmen street, e do French Quarter, bairro  mais importante da cidade histórica, com a Jackson street como rua principal. O único senão foi que fora do horário de expediente, não era possível contatar com a gerente. Telefone na caixa postal, e caixa cheia. Não chegou a ser um problema para nós, pois excetuando o dia do temporal, não tivemos qualquer outra urgência, mas imaginamos se por um acaso , a gente esquecesse os códigos de acesso à pousada, e/ou nosso quarto, o que faríamos....
O sotaque e expressões de NOLA é outro ponto . Há uma expressão que usam ao te cumprimentar: "Who Dat!" que é uma afirmação, e  não precisa resposta, que pode ser um "Who dat!" ou um "yeah, you rite!". São muito cordiais, e sempre te cumprimentam e ajudam no que for possível.

Marigny  se desenvolveu de um zona de fábricas, e é repleto de  preciosas  "Creole Cottages",  cada uma mais charmosa que a outra, com seus  "porches" varandas com cadeiras balanço,  muitas plantas, e muita preservação. Algumas mantém as decoracões de Mardi Gras, com colares multicoloridos  dependurados nas cercas das varandas

Casa de um casal gay; um deles é brasileiro



 O nome Marigny se deve ao seu fundador, Bernard Marigny,  que era dono de uma Plantation House, e que se deu conta que subdividindo sua plantação, em lotes,  seria mais rentável do que  fazer uso dela, como fazenda. No meio do bairro que começa no Mississipi river, e termina no lago Pontchartrain, dividindo a cidade, está a  Elysian Fields Street.





Em nossa chegada (8/05), almoçamos no bairro (eu, uma "onion soup" deliciosa e o Juan um "creole sandwich"), e após descansarmos, exploramos o Marigny, caminhando pela Frenchmen street, até  chegarmos a beira do Rio Mississipi. com o lindo caminho a beira rio, o riverwalk mall, e a imagem dos navios passando,  com vista do centro da cidade.





No outro dia, pela manhã (09/05), resolvemos explorar  Jackson Square, a Collonade (lindas e refinadas lojas) , o French Market ( lojas mais populares de artesanato),  a Catedral, e  depois tomamos o NATCHEZ, o último  barco a vapor, autêntico, no Mississipi, e ao som dos Dukes of Dixieland, almoçamos um buffet com jambalaya ( parece uma paella), Gumbo (ensopado de  guizado de carne) feijão vermelho e Pralines ( doces cajun) que é uma espécie de cookie com chocolate e nozes, e outras especialidades da cozinha Creole e Cajun, Foi lindo! 

Natchez
                                                     dentro do barco

No 2a dia(10/05), visitamos os Aquatic Gardens, lindos e exóticos no bairro, pertinho de no nosso B&B, e depois fomos para o French Quarter, Café Le Monde, experimentar os  Beignets.





o Presbiterian Museum, o Audubon Aquarium ( vale a visita), e o Café du Mondeonde.



É difícil conseguir lugar para comer os deliciosos "beignets", mas vale a pena a espera. 
A noite fomos jantar na Frenchmen street, " Snug Harbor Jazz Bristo" maravilhoso, e  depois, assistimos vários shows de jazz. 
No restaurante, que fomos, havia que pagar extra para assistir o show, no piso superior.  Resolvemos sair e pesquisar. Há  inúmeros locais onde o show é de graça, e você só dá um tip ( gorjeta) para os músicos. Entramos em alguns, dançamos. Curtição !








Houve alguns temporais fortes. Do nada, um calor incrível, e começa  a ventar forte. O vento te desloca , e aí trombas d' água. Em minutos passa tudo, e o sol volta a raiar; Descobrimos que maio é mês de chuvas.


11/05 - Visitamos o Louis Armstrong Hall, e a catedral. Ambos valem a visita.

 depois,  o Preservation Hall( local com música ao vivo), e o Adubon Aquarium.  


 Joana D´Arc
     







                                      É muito fácil, e bom se locomover pela cidade, com os streetcars.



The Garden  District, Bairro francês com mansões lindas.

o  famoso bondinho verde St Charles , que faz o percurso até o Garden District


 A noite fomos a Bourbon Street. Uma agitação. Gostei mais do jazz de Frenchmen , é de raíz. A Burbon é muito turística, muita gente, e muita loucura. Após uma certa hora dá de tudo!
Sentamos em  um bar, com  pátio legal , onde o som era ótimo, e a audiência também.
Voltamos de Uber. Utilizamos muito o Uber em NOLA. Bom e barato! Quando já estávamos cansados para caminhar, e fazer troca de bondes, pegávamos  o UBER 






Local que escolhemos para assistir os shows e jantar. Maravilha!



Boate Carroussel


12/05- Durante a noite, caiu mais um fortíssimo temporal, e meu celular recebeu 3  sinais de alarme "Flash alarm, flooded zones". Não entendia como tinham meu contato para os alarmes; provavelmente , na imigração, e fiquei meio apavorada, imaginando o horror que a população deve ter atravessado, com o Catrina. Na realidade, há vários diques para conter as águas do rio, e do lago, mas como NOLA está abaixo do nível do mar, alguns, talvez, não estivessem em boas condições, e não contiveram as águas. Pela manhã, já havia cessado, descemos para o breakfast, e os atendentes não estavam, e não havia breakfast. Os outros hóspedes que desceram, como nós, especularam conosco. Ninguém conseguiu contato com a gerente. Resolvemos sair, e pegar o bonde para um dos locais planejados para o dia, e fazer  breakfast ou brunch no local, que queríamos visitar. Sentamos no ponto do bonde, e estranhamos as ruas vazias, sem sinal de trânsito, quando um senhor nos falou que o transporte estava suspenso até tipo 12:00 pois havia muitos locais alagados. 
Caminhamos pelo bairro e encontramos um café aberto. Depois, tipo 11:00, o transporte voltou a funcionar e fomos ao NOMA ( New Orleans Museum of Art) seniors $10 each; maravilhoso e o City Park que também é muito lindo. A experiência, entretanto, nos ensinou, como deve ser viver em um local tão sujeito as intempéries , como NOLA, e como seus habitantes são bravos.

                                                              NOMA





                                     City Park








Não conseguimos visitar as Plantation Houses ( fazendas) e os  Swamps (pântanos). A condição do tempo (chovia  a qualquer minuto) não permitiu.
 Amamos os bairros, a música, comida e o povo!
Lugar para guardar no coração, e lembrança!










Vontade de voltar!!!







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